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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A noite. A noite já nem me atrai. Saio de casa ao sábado à noite, à quarta, à sexta (quando me apetece) para encontrar amigos. Amigos de infancia, outros mais recentes, uns que foram e que voltaram, pessoas que nos preenchem, pessoas que nos marcaram.
O telemóvel toca...
-"Onde estás?"
-"Sentada, no muro!"
-"Eu também, mas nao te vejo! Onde estás?"
Levanto-me, procuro e encontro. Encontro-te, sentado no muro.
O mesmo jeito, a mesma cara, a mesma forma de agir. Tinhas um cigarro apagado na mão. Dirigi-me a ti. Ao cumprimentar-te notei que tinhas também o mesmo cheiro, a mesma pele.
Sentei-me ao teu lado sem saber o que havia de dizer, acendi um cigarro e aproveitei para acender o teu, que estava apagado por (pela tua mesma timidez de sempre) ainda nao teres pedido a ninguém.
Na nossa conversa surgiam momentos passados, frases passadas, coisas que nos fizeram rir; Com medo, olhei nos teus olhos e novas frases, momentos e coisas surgiram...
-"Olha vou ali. Posso ir ali? Deixas?"
-"Sim, podes ir ali"
-"Eu já «apito»"
-"Está bem, até já"

Ainda estou à espera; Continuo à espera que voltes e te sentes ao meu lado naquele muro.

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